quarta-feira, 9 de novembro de 2011

novembro

Semana passada o meu amigo Renê me disse que estava lavando louça e alguém falou na sala ao lado alguma coisa de fim de ano e ele veio me dizer cheio de espanto que o ano já está no fim! Tenho uma teoria na minha vida, de que em um ano eu me dou bem, em outro me dou mal. Não faz sentido nenhum, nada pode provar que isso é certo, mas sabe aquela coisa que você acredita mesmo não vendo sentido, tipo, que apontar pra estrela dá verruga na ponta do dedo...  enfim, esse é o ano teoricamente, eu me dou mal.
Porém, todavia, contudo... foi um ano de aprender. Estou com um sentimento de aprender a aprender. A gente recebe porradas de informações o tempo todo;  e não só externas, mas também as do nosso corpo, dos nossos sentimentos... mas uma coisa é receber informações e informações, outra é aprender alguma coisa.
Aprendi que é muito difícil escrever um blog. Escrever depende, mas ter assunto nem sempre é fácil.
Voltarei a ensaiar daqui há uma semana, e há tempo que não sentia tanta ansiedade. Férias é muito bom, mas chega uma hora que você tem que trabalhar. A diversão acaba, e o dinheiro também. Não necessariamente nessa ordem. Provavelmente, não nessa ordem. Mas vou voltar a ensaiar e logo a apresentar e isso dá muito vigor, muita alegria.
Depois dessas “férias”, a conclusão que tiro é: há tempo de plantar e há tempo de colher. A questão não é se dar bem num ano e sim no outro nem nada disso. Percebo que parece que em um ano eu trabalho, as coisas parecem fluir e no outro parece não fluir tanto; mas o que acontece é que depois de ter plantado no ano anterior, é preciso colher energia, mudança, conhecimento... Vou reensaiar a peça, já a fiz antes e agora tenho um monte de coisas novas pra testar, pra usar, pra ser...
Acredito escrever mais de agora em diante, ja que muita coisa vai mudar. Vou finalmente pra grande SÃO PAULO! Que medo. Ainda tenho na minha cabeça que São Paulo é uma cidade complicada de se viver, eu tenho e a cabeça da tv e de todos os paulistas que eu conheço também tem. Eles tem também que é cheia de pessoas e coisas pra se gostar; minha cabeça também.

sábado, 16 de julho de 2011

Tatatá tatatá!

Fiquei só quinze dias no Rio de Janeiro dessa vez, voltei pra SC depois de um tempinho vim pro Rio com um teste pra um musical chamado Festa Selvagem, que era uma coisa muito louca e que ia estrear uns dois meses depois. No teste foi muito louco! Eu nunca tinha feito um teste de musical na vida, decorei a musica que eu mais gostei do original em Inglês The Wild Party, detalhe, peguei a musica da protagonista da peça, dA protagonista da peça. Enfim me passaram pro próximo teste e acredito ter melhorado, no texto eu fui bem e me chamaram então pra fazer o personagem Jack, que era uma coisa mais doida ainda... conheci as pessoas maravilhosas que são aquelas pessoas que você tem que conhecer pra não ser devorado na selva... Enquanto estava em cartaz surgiu o burburinho do teste do Hair e uma coisa que aprendi mais tarde com o Charles Moeller, foi que pra um bom trabalho ser feito é preciso preencher todos os espaços possíveis com informação e eu estudava desde que estava em SC, há dez mil anos atrás. Me chamaram no ultimo minuto do segundo tempo e fiz os testes... segue:

terça-feira, 12 de julho de 2011

o fim vem depois

Dali em diante, que eu já tinha ate nome e tudo fui crescendo no interior de Camboriú que já é interior pra cacete, na minha primeira casa eu vi Edward Mãos de Tesoura e não consegui dormir a noite, jurei pra minha mãe que ele tava no quarto me esperando... eu não prestei atenção no filme e só fiquei com a imagem daquele cara pálido cheio de tesouras nas mãos na cabeça...
Aprendi a andar e falar muito rápido, e o que marcou mesmo, foi um dia em que fui pra escola, isso lá pela quinta, sexta, sétima ou oitava serie, juro que não lembro direito, um maluco levou um violão pra escola e na quadra de futsal tocou pra mim “Atirei o pau no gato” e “Parabéns pra você” ao vivo!!! Lembro de ter pensado: “caraça! Esse maluco ta tocando, ESSE maluco aqui na minha frente ta tocando musica!”. Entrei na aula de violão, toquei em bandinha de garagem, a polícia veio e mandou a gente desligar tudo e fechar a garagem, toquei na igreja, entrei pro conservatório de musica e por fim larguei tudo isso pra ir viajar com teatro por Santa Catarina, o que me deu uma nova visão do que podia ser o mundo, e me encheu de historias pra contar...
Resumindo, fiquei dois anos nesse grupo, até que ano passado eu vim de férias pro Rio, fiz uns testes “roubada”, ate que uma agenciadora me olhou e disse: “Você tem cara de Hair... estuda, vai ter teste daqui uns meses...”
Eu nunca tinha feito um musical, tinha visto pouquíssimos, mas a vida é engraçada, você é quem se coloca nas situações que vive, é preciso ter um querer forte, mas é mais ou menos assim que funciona...

Continua...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

começando do começo...

Foram nas saídas pra tomar sorvete na pracinha de Camboriú, no domingo a tarde que Erico e Angela se conheceram. e de sorvetar, conversar e andar de mãos dadas, meu pai foi se chegando cada vez mais, começou a trabalhar com meu vô, pai da minha mãe, aprendeu a dirigir caminhão, viajou de caminhão, bateu de caminhão, quase se matou de caminhão, isso enquanto minha mão ouvia o Menudo, o Dominó e se tornava uma menina prendada... deu-se que no dia 28/01/89 de véu e grinalda tudo como mandam os bons e velhos costumes, meus pais se casaram na igrejinha de Camboriú, a igrejinha que tem a pracinha onde os primeiro encontros com sorvete aconteciam e se duvidar ainda acontecem...
Meus pais são uma coisa linda de se ver, em 22 anos de convívio nunca vi uma vez sequer um dos dois levantar a voz um pro outro, e se vê nitidamente que um é o que é cheio de coisas do outro, um aprende com o outro o tempo todo... uma vez minha mãe me contou do início dos dois e que ela não sabia que para engravidar ela teria que fazer aquilo que em geral engravida... mas pelo jeito, quando descobriu, fez com carinho pois nasci exatos nove meses depois do casamento, no dia 28/10/89, às 20:05 hs, o que prova que o casamento começou a tarde e não terminou depois das 19:00...
Um dia meu pai levou minha mãe para um pré natal meu e quando estava esperando por ela, viu um menino muito esquisito esperando na mesma sala, sensibilizado com a beleza exótica do menino (feio não!), uma decisão importante foi feita quando a moça chamou o próximo paciente:
- Emerson!
voilà e eu tinha um nome! uma singela homenagem ao exótico...

continua...